Desde pequena ouvia meu pai dizer: "Estuda para ser presidente do Brasil". Meu sonho nunca foi esse - apesar de achar que tenho melhores qualidades que muitos políticos que estão por aí hoje. Sempre quis ser uma boa profissional, com reconhecimento, fazer o que eu gosto e trazer os resultados esperados para meus clientes.
Quando, enfim consegui alcançar meus objetivos profissionais, outro papo surgiu na minha casa: ter filhos. Juro que ficava nauseada só de ouvir meu marido dizer que criança não precisa de nada, só de amor e carinho. Discutimos várias vezes e sempre tive noção de que ser mãe não era exatamente minha vocação. Depois de muitas conversas com o marido chegou a vez da médica que me contou uma história muito bonita. Poderia levar até três anos para engravidar. Ótimo! Resolvi parar com o anticoncepcional e cuidar. No outro mês, SURPRESA!!!! Resultado positivo. Gravidíssima... e aí?
Quase morri do coração. Alôooo, não eram três anos??? Não era exatamente o que eu pensava, e continua não sendo. Diariamente me surpreendo com meus filhos e com as minhas próprias reações. Amo meus pimpolhos de paixão, são tudo para mim, mas ao contrário da surpresa de saber que estava grávida, acertei quando disse que essa não era e continua não sendo minha vocação. Sei que vou ser linchada, julgada e tudo mais pelo que vou dizer, mas eu realmente deveria ter nascido com aquele alerta: não indicada para ser mãe!
